Benfica, nome e corpo de mulher
Serenata na Luz
Numa chama que seduz
Sintomas que sinto,
Desejos que pressinto,
Na geometria do teu decote,
Nas formas desnudadas em que te imagino,
No desnorte!
Adivinho carícias no jogo das escondidas...
Na pigmentação encarnada do teu rosto,
No soslaio dos teus olhos,
Encontro a minha alma descarada
Dúvidas quanto à essência de amigo
Quando admiro o teu umbigo
Não há ciência nem ficção,
Talvez pertinência duma tesão
O patamar no qual te vejo
Depende do medo do teu beijo
A busca do teu sexo não é objectivo,
É reflexo dum não sem motivo
Na mentira desta confissão
Reside o fingimento desta relação
Sem nome nem predicado,
Alcanço as margens do pecado
E vagueio por esse rio,
Como animal com cio...
Tu és as margens
Eu sou a água
O rio traz as imagens
Duma loucura sem mágoa
Palavras, apenas palavras
Símbolos retratados
No livro dos desvairados
No entanto, aqui ficam escritas,
No tribunal dos eremitas
O acusado é o tempo.
O réu a cobardia
O caso é passado
Nas fronteiras da ousadia
Na química duma ausência
Encoberta pelo olhar da transparência
Devaneios e desequilíbrios,
Princípios sem meios
É linguagem codificada
Pela alma amaldiçoada.
A maldição?
Descobre-a nesta mensagem,
Na razão duma passagem
Sem confissões nem paixões ou demais,
Apenas instinto de animais
Já vai longo o episódio,
Aqui termino o inglório
Para ti, Benfica,
Mulher com alma de Águia,
Envio o sorriso da plenitude,
A sedução dum fingimento
E a virtude deste momento
Espectacular! Brilhante!
ResponderEliminarÉ tudo o que posso dizer.
Se mais disser mais me ficará ainda por dizer!
Por isso, para não assombrar o brilhantismo deste poema de Benfiquismo puro e intenso, fico-me por aqui, pela minha pequenez face a tão sublime poema.
Sublime. Obrigado
ResponderEliminarObrigado pelas vossas palavras. Há uns anos fiz este poema a uma amiga, e como costumo dizer que para mim o benfica é uma mulher a que estarei sempre apaixonado, nada melhor do que dedicá-lo a este grande amor... Um abraço. Afonsus
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