Pedi uma entrevista ao Futebol mas o certo é que ninguém sabe onde ele para, ou melhor dizendo, ele não para, anda à roda a uma velocidade estonteante mas ninguém o vê, parece que lá para os lados de Benfica o querem trazer de volta mas alguém disse que ele não regressa, nem presta declarações sem haverem alguns ajustes que permitam o seu retorno. Sem isso, nem nas páginas, nem no ecrã, nem na ponta da caneta, só será visto se lhe derem o espaço que ele reivindica: o rectângulo do jogo. Já teve programadas algumas vindas esporádicas ao nosso país mas o certo é que ele defende que só será bem-vindo quando as vitórias deixarem de ser compradas e quando o jogo deixar de ser jogado fora do tapete verde. Existem rumores que ele tem dados uns sinais de esperança, que até anda motivado pelas pessoas que enchem os estádios e que compram os jornais mas sente-se preocupado porque isso reflecte-se agora às custas do sofrimento causado, durante anos, à essência do futebol: uns não percebem que mais vale conquistar um campeonato do que comprar dez e outros preferem segundos lugares ao medo de lutarem pelo primeiro com possibilidades de ficarem em terceiro, e assim se afundam num oceano tenebroso que vai levar outros ao desaire. Enquanto isso, o Futebol talvez apareça por aí num estádio qualquer pintado de vermelho. Está-nos a dar uma segunda oportunidade, tem estado atento e tem gostado do que vê mas desta vez não vai perdoar a quem o quer manter afastado, sei isto de fonte segura.
Sete
Há 1 dia
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