Que fique claro, que eu não sou cá de meias palavras nem tão pouco acredito no pai natal, que em matéria de futebol português é tudo muito mais transparente, factores como sorte, mérito ou azar não existem. O mais forte é sempre aquele que controla a arbitragem, ponto final, parágrafo. Não me venham pois os pasquins com esta conversa da euforia benfiquista que a nós não nos enganam. O ano passado provámos que não é com uma grande equipa que se ganham campeonatos, este ano vamos ver o que acontece, com uma super equipa. Não vou nessa conversa, e quando olho para os dez árbitros que durante o ano passado nos roubaram e vejo que ainda têm mais uma década a corruptar no futebol português então está tudo dito. LFV sabe disso melhor do que nós, só os está a colocar a toda a prova, porque com a equipa que o Rui Costa está a montar este delírio vai-se transformar num facto inabalável. O campeão da hegemonia é uma máquina de fazer dinheiro e distribui depois pelos amigos, e isso não se destrói com apitos dourados nem com levantamentos do sigilo bancário. Depois vêm com esta conversa da estabilidade como se nós não soubéssemos que o principal problema do futebol português é a própria estabilidade e a resistência à mudança e a mentalidades abertas, dignas e com carácter. Sempre as mesmas caras, as mesmas pessoas, os mesmos apelidos, os mesmos favores. A arbitragem é genética está mais do que visto, passa de pais para filhos, de tios para sobrinhos, de padrinhos para afilhados, de palhaços para todos nós, que somos uma cambada de parvos, encolhemos os ombros, criticamos mas não sabemos reivindicar, maldizemos mas não agimos em prol da justiça, comemos a porcaria, cheiramos o esterco e, ainda assim, sorrimos. Planificação, organização, e estruturação tem um sinónimo: ganhar a qualquer preço, quer haja mérito ou não, sempre com o controlo da arbitragem. Os melhores pontas de lança e os melhores armadores de jogo, os melhores centrais e os melhores trincos estão todos equipados de preto com o apito em tons de azul, chamem-me o que quiserem, é tudo limpinho como a água benta, todos o sabemos. Se acredito no Jesus? Claro. Se tenho a convicção que vamos ser melhores? Já o éramos o ano passado e vamos continuar a ser. Se não somos humildes? Humilde, no futebol português, é ser conivente com a corrupção, claro que não sou humilde. Não é por acaso que um treinador tricampeão diz que tem muitas dúvidas se noutro clube qualquer podia ser tantas vezes campeão, uma frase em que goza com todos os adeptos do futebol, incluindo os do seu clube, que ainda acreditam na verdade desportiva. Estabilidade, estrutura, planeamento, organização vê-se no momento em que o árbitro apita consoante os olhos da sua carteira, ou a porta da sua braguilha. Mais um ano, mais um grande Benfica e mais do mesmo. Uma coisa é certa, o sistema tem de ser bem mais forte do que o era, cá vou aguardar pelos segredos de tal estabilidade...
Sete
Há 1 dia
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