27 abril, 2009

O Som da Censura














Já ouviste o eco do apito
Explodir na tua cabeça
E ditar aquela sentença?

Diz-me lá, ouviste?
Como que a presença
De tamanha frequência
Fosse a que persiste

E dói, não dói?

Na dor do vazio
Numa doença sem nome
Nos sintomas de um vício
Na certeza de uma fome

Foi, não foi?

O som do zumbido
Como um grilo escondido
Nas entrelinhas da mente
E como se sente?!

Puta que pariu!

Quem nunca sentiu
Esta dor tão presente
E que jamais fez frente
A esse vazio...

É fruto dum espírito revoltado
E de sede da justiça
Este estado de nós
Mas tolerância não é preguiça
E quanto mais ignorância
Menos nos sentimos sós

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