13 dezembro, 2010

CPMC – 4 4 – LMNG

O facto da CPMC conseguir uma vantagem de 4-1 e de acabar com o credo na boca é motivo de reflexão dentro das hostes mirandenses. A divagar, pode ser o reflexo da equipa técnica ter assumido a conquista pela vitória no campeonato que pode ter colocado pressão numa equipa composta maioritariamente por jogadores de primeiro e segundo ano de seniores e outros com bastante experiência mas que estão claramente num processo de adaptação ao Futsal. Esta equipa está a construir uma mentalidade forte e um conjunto que visa cada vez mais um espírito de entreajuda, essa diferença já é visível em comparação ao ano anterior, em que a CPMC estava muito dependente das individualidades que pudessem surgir durante a partida. Numa teoria meramente psicológica devem estes jogadores interiorizar que se apresentam como outsiders relativamente a equipas mais experientes, ainda que apresentem níveis de qualidade e de andamento para pensar em altos voos, isso iria tirar alguma pressão ao grupo.

Existem equipas que privilegiam a defesa para ganhar jogos e esse não é o caso da CPMC, pelo menos é o que dita o seu percurso até agora. A equipa quando quer ganhar um jogo e quando não deixa o adversário respirar é quase invencível neste campeonato, pelo que a atitude dos últimos 10 minutos de jogo, claramente privilegiando o aspecto defensivo perante a aposta de um quinto elemento do LM Nogueira do Cravo, não teve qualquer efeito, retirando as virtudes ofensivas à equipa e colocando-se exposta à fé do adversário. Esta questão não passa por ser uma decisão técnica mas também um factor de mentalidade a rever pelos próprios atletas porque esta já não é a mesma equipa dos primeiros jogos da época, que jogava maioritariamente em transições rápidas surpreendendo os oponentes, agora já quer ter a bola e já a sabe gerir, o que é uma mais valia tendo em conta o factor velocidade de grande parte dos seus avançados.
É verdade que este jogo foi, em termos de resultado, uma fotocópia do jogo em Nogueira do Cravo, já que também a CPMC esteve a perder por 4-1 conseguindo levar o jogo para um empate a 4-4. Mas existiram situações totalmente diferentes que podem ajudar a melhorar e justificar algumas coisas, nomeadamente de que nos dois jogos foi a equipa mirandense que ditou o ritmo das partidas durante a maior parte do tempo e quando foi à procura do prejuízo conseguiu marcar golos com alguma facilidade, fruto da tal juventude e velocidade. Desta vez, a equipa cedo sofreu o golo inaugural e cedo conseguiu uma vantagem de três golos, o que fez com que o conjunto passasse da depressão à euforia em poucos minutos e isso foi um grave erro perante uma equipa mais forte fisicamente, bem organizada e com mais experiência. O resultado prejudica claramente a equipa da casa pela superioridade que demonstrou mas a atitude e crença dos nogueirenses, fazendo de cada jogada uma possível oportunidade de golo, deve ser destacada e foi premiada.

Apesar das duas partidas com esta equipa não ditarem qualquer vantagem é de enaltecer que, em ambas, os mirandenses saíram com uma atitude frustrada e de revolta do campo por sentirem que poderiam ter feito muito melhor, o que não aconteceu com o adversário que fez destes resultados duas vitórias.
Tanto no Paião como neste Sábado no seu reduto, a CPMC sentiu o peso de poder passar para a liderança e acabou por escorregar, é bom que os jogadores percebam que se sente mais pressão durante uma semana no pós jogo, em que admitem que poderiam ter sido mais eficazes e mais práticos, do que numa hora de jogo, em que a única pressão é a de terem de dar o seu melhor. Foi o que fizeram mas, em competição, dar o melhor de nós também é fazer com que os outros sejam piores.

Em jogo: Marius, Rafanitez, Blanco, Jotaimovik e Paulov. Foram a jogo: DPing, Gaviola, Falkon, Parreirinha, Febregas, Miki e Venturinski.

Marcadores: Jotaimovik (2) e Paulov (2).



25 novembro, 2010

A nossa sina e o nosso segredo..

Benfica, porque é que quanto mais nos bates mais gostamos de ti?...

17 novembro, 2010

Prova superada sem distinção

Pouca Pena 1                            4 CPMC

Antes da visita ao Paionense, jogo que pode ajudar a definir muitas coisas na candidatura aos primeiros lugares, a Casa do Povo de Miranda do Corvo (CPMC) foi a Soure vencer a equipa do ASRC Pouca Pena (PP) por 1-4. De salientar que dadas as diferenças de pontuação e de resultados conseguidos, poderia ter-se pensado num resultado com números mais expressivos mas a verdade é que a equipa da casa contrapôs as suas dificuldades com uma atitude competitiva digna dos vencedores. Depressa e objectivamente, a CPMC cedo esteve a ganhar por duas bolas fruto de uma mais valia individual dos seus jogadores mas sem uma cultura colectiva de jogo, o que diga-se a verdade, foi uma excepção, já que nos restantes jogos a equipa demonstrou saber sofrer e ter forças para dar a volta a alguns resultados onde esteve a perder. Depois do segundo golo existiu, de facto, um “tirar o pé do acelerador”, apesar das muitas bolas que foram aos postes e barra da baliza. Ainda assim, o PP começou a ter mais bola e a acreditar que poderia fazer um golo para complicar as contas do jogo. E foi o que aconteceu numa transacção rápida por uma perda de bola no campo contrário. Com o resultado em 1-2 a equipa perdeu confiança e consistência, existiram certos momentos em que se notava que a bola “queimava” nos pés de alguns jogadores. Nesta altura o PP poderia ter conseguido o empate mas a falta de eficácia deveu-se não só aos atacantes como a mais uma bela exibição de Marius. Já que falamos nos pontos positivos, assinalamos o regresso a uma exibição mais de acordo com o seu nível, falamos de Jotaimovik que fez um hat-trick e que acabou por tranquilizar uma equipa à espera de que as coisas caíssem do céu, também destaque para Rafanitez que se exibiu a um bom nível, fruto da sua experiência. De salientar, por outro lado, as exibições cinzentas de Paulov e Laranjadas em comparação com o que têm feito, tanto física como tacticamente.
Parreirinha, Falkon e DPing denotaram alguma insegurança em fases importantes do jogo. Febregas continua em grande forma mas demonstrou algum nervosismo num jogo teoricamente menos complicado.

Numa jornada em que a CPMC passou para a liderança do campeonato a pressão fez-se sentir nos seus jogadores, mas também é certo que a vitória nunca esteve em causa. O jogo importante do próximo Sábado, no Paião, pode colocar a equipa à prova, já que vai ter de defender a liderança, o que acontece pela primeira vez esta época e por jogar no campo de um candidato ao título de valor indiscutível. A pressão só existe quando os objectivos são altos, veremos de que massa é feita esta equipa.

Marcadores: Jotaimovik (3) e DPing.

Andamento do Marcador: 0-1; 0-2; 1-2; 1-3; 1-4.




10 novembro, 2010

Uma nota

Tudo conforme a grandeza do nosso clube. As coisas correm mal e lá vêm os culpados. Afinal não há escutas, não há compadrios nem putas. Afinal perdemos bem com um adversário mais equilibrado e com mais qualidade. Afinal o campeonato foi um engano, a época do ano passado foi uma excepção. Eu, como sempre, não sou de arranjar culpados nem de construir insubstituíveis. Para mim, enquanto Rui Costa não disser da sua justiça não vou fazer conjunturas nem tirar conclusões precipitadas. E não estou a entrar em contradição, o Rui Costa não é um insubstituível mas está lá a substituir cada um de nós, enquanto isso há que lamber as lágrimas, sarar as feridas e de voar como uma águia, com trabalho, imperial e majestosa. Foi por alturas como esta que se construiu a universalidade deste clube e os titulos conquistados, tenho dito.

21 outubro, 2010

A reter:

Humildade é lutar pela vitória reconhecendo o valor do adversário e não desvalorizá-lo;


Faz-me muita confusão porque é que nestes jogos o Airton não joga no lado direito ou juntamente com o Javi, fechando o meio campo;

Perdemos bem, mal perdido foi o jogo da Alemanha;

Talvez tenhamos guarda-redes para a próxima década;

Jara é bom e merece mais minutos;

JJ tem de decidir de uma vez por todas se conta com Coentrão para defesa ou extremo para irmos ao mercado em Janeiro;

Luisão, Coentrão e Roberto foram os únicos jogadores ao seu nível;

Não me peçam para fazer de abutre, apesar de todas as contrariedades, temos equipa de grande valor e com alguns retoques podemos melhorar muito e fazer coisas muito bonitas, a ver vamos.

01 outubro, 2010

Comentadores???

99% dos nossos comentadores televisivos, da rádio ou da imprensa são resultadistas. O jogo para eles não tem conteúdo nem ritmos diferentes. Ora agora atacas tu, ora agora ataco eu mas o que conta é os golos que são validados e essa é uma pressão extra para os árbitros porque os resultados estão totalmente reféns das sua actuações. O que tenho visto neste princípio de liga é que os homens do apito estão em pânico e têm continuamente pedido socorro. Como é que o fazem? Da única maneira que podem fazer, agradando os patrões e provocando o povo da bola: prejudicar conscientemente e escandalosamente o Benfica. Luís Freitas Lobo, Bruno Prata, João Querido Manha são, cada um à sua maneira, os fantoches comandados pelos patrões. Não tenho dúvidas de que Luís Freitas Lobo é das pessoas que melhor pensa o futebol neste país, com uma qualidade escrita muito acima da média, que dá gosto. Mas quando foge ao tema arbitragem sempre que o glorioso é prejudicado é de uma falta de higiene intelectual gritante. Naquele jogo em Guimarães se as coisas tivessem acontecido normalmente o que ele diria era certamente: depois do golo do guimarães o Benfica subiu o bloco, fechou os espaços, não deixou pensar o adversário e os golos apareceram naturalmente…

Para resumir e comentar resultados não precisamos de profissionais, agora para ler o jogo, o ritmo dos jogadores, os movimentos das equipas, as oportunidades de golo, os erros de arbitragem, a posse de bola, o anti-jogo, as substituições, a atitude dos treinadores… Para isso que venha mais gente como o Carlos Daniel, que tanta falta fazem ao futebol.

12 setembro, 2010

às armas

já não há pachorra para argumentos. em portugal reside a liga mais corrupta da europa. devemos todos começar a colocar na agenda do benfica a possibilidade de nos aceitarem em espanha e em fazer uma exposição do que se passa e enviar para a uefa e fifa e para todos os jornais desportivos mais lidos no mundo, convidar altas personalidades da arbitragem mundial para passarem uns tempos em portugal, e pagar muito, se preciso for. a hora é de acção, deixem-se de robertos, de di marias e ramires, vamos mostrar ao mundo a massa de que somos feitos. nos foruns, nos blogs e nos jogos vamos começar a concentrar as armas e a unir esforços, o tempo é de guerra e a revolução tem de ser vivida, pelo futebol, por portugal e ainda mais pelo benfica.

22 agosto, 2010

Acreditar

depois do estado de choque apaga-se o choque de tal estado. o benfica não se construiu com abutres ou carpideiras e foi destes seres que surgiram os outros clubes. só existe uma solução: olhar para a frente com o brilho nos olhos de quem sabe que o futuro é nosso, assim a familia se mantenha unida e podem crer que o estado de choque vai mudar de residencia.

16 agosto, 2010

puta que pariu...

não consigo reagir e tento afastar o odio... dasse!! equivocos do jesus, falta de força, um antijogo da academica que faz envergonhar os conimbricenses, 3 penalties por assinalar..

02 agosto, 2010

quem me explica..

o benfica é um clube grande e um grande clube, poucos há assim, ponto final parágrafo

se um clube assim quiser mesmo um jogador será que não consegue?.. ainda para mais quando esse jogador já faz parte do plantel com contracto assinado?...

22 junho, 2010

Futsal Negro Sem “Negra”

Agora mais a frio, continuo a pensar o mesmo. O que se passou no passado Sábado, no Pavilhão Nº 1 da Luz, no Play-Off entre Benfica e Sporting foi das arbitragens mais escandalosas a que assisti. E estávamos perante uma das melhores duplas nacionais e um dos melhores árbitros de Futsal do Mundo, na minha modesta opinião. A diferença de critérios aplicados às duas equipas foi gritante, o Cardinal possuído sabe-se lá porquê, teve a complacência total por parte dos árbitros em termos de agressividade e de violência, o Ricardinho bastou abrir a boca para ser expulso, o anti jogo apresentado desde o inicio pelo scp foi sendo camuflado a cada jogada e a forma como o Benfica atinge as 5 faltas em 8 minutos na segunda parte dava matéria para investigação mental. Mas porque raio é que o Benfica tem de ser sempre prejudicado? Que culpa tem a melhor equipa europeia de ter uma dimensão incomparável? Mas porque é que os árbitros tentam sempre equilibrar a balança, colocando-se no papel de coitadinhos dos adversários? Impressionante, nunca pensei que tal acontecesse. Atenção, estavam presentes as duas melhores equipas nacionais e qualquer uma delas tem plantel para ser campeão e para dar cartas na Europa para o ano, agora que tudo fizeram para que não acontecesse a “Negra” em Loures…

16 junho, 2010

Nivelado por baixo…

Este campeonato do mundo pode ser ganho por um “outsider”. As equipas da Europa e algumas da America, como o Brasil e o Uruguai estão “chupadas até ao tutano”. As excepções que confirmam a regra são a Argentina e a Alemanha. A UEFA vinga-se da FIFA...

06 junho, 2010

Genial, meu caro Ricardo...

"Mourinho, com esforço e sorte, poderá vir a ser o novo Villas Boas".

26 maio, 2010

Entrevista de Jorge Jesus

“Sem papas na língua” talvez seja mesmo a melhor expressão para definir a prestação do nosso treinador, ontem na RTPn. Respondeu a tudo o que lhe foi perguntado e não deu azos a suspeições, com mais treinadores assim os jornalistas não iriam ter um trabalho fácil. Principais considerações a fazer:

- Jorge Jesus é um treinador que pensa demasiado pela própria cabeça, isso é bom para um clube que aposte numa viragem clara e que pretenda seguir o rumo das vitórias; mas é um treinador que teria dificuldade em se impor num clube que tenha ganho vários títulos nos últimos anos e que pretenda continuar com a mesma filosofia de sucesso;

- É o típico treinador que precisa de uma estrutura interna forte porque faz questão de dar a cara e, como tal, todos os outros focos de poder têm de estar em sintonia;

- É um treinador cruel mas justo, por exemplo, disse o que todos os benfiquistas andam a dizer há alguns anos, Quim tem sido o melhor guarda-redes do Benfica mas não quer dizer que seja o melhor para o Benfica. Se o clube cumpriu integralmente todos os compromissos com o jogador, se o jogador foi campeão também devido ao clube que representou não me parece que haja aqui um peso na consciência. Parabéns ao Quim pelo seu percurso e um obrigado pelo trabalho, dedicação e respeito que sempre teve para com o clube, mas a vida continua;

- Não me pareceu nada espontâneo no momento em que fala de Huntelaar, parece que faz a vontade ao jornalista deixando no ar a sensação que o jogador não é prioridade, da mesma forma em que preparou os benfiquistas para as saídas de Di Maria e Cardozo;

- Jorge Jesus fala muito na primeira pessoa do singular e não tenho duvidas que tem um ego do tamanho do mundo, mas a sua capacidade profissional e sabedoria conseguem disfarçar essa aparente falta de humildade, talvez seja esse ar de nariz empinado que fez falta ao Benfica, esse tom imperial como quem nasceu num berço de ouro;

- Estarmos gratos a Jorge Jesus e reconhecer que é a pessoa certa no lugar certo não quer dizer que ele precise de vénias, daí que também tenha sido inteligente ter reconhecido que, sem as alterações que fez, o Benfica dificilmente seria eliminado em Liverpool.

Em resumo, os benfiquistas sempre se preocuparam com as questões do estilo e da correcção dos treinadores, deixando para segundo plano questões fundamentais como a competência e a sabedoria, e a primeira pode ter pouco a ver com a segunda. Quique Flores é competente, Toni é sábio, Jorge jesus reúne as duas condições, assim saiba que o que conseguiu nesta época não foi um momento assim tão único, foi o de voltar a uma história gloriosa e o de nos fazer acreditar que o futuro vai brilhar, assim como os seus olhos adivinham grandes vitorias. A humildade é a capacidade que temos de reconhecer que podemos fazer mais e melhor.

24 maio, 2010

Uma visão à Mourinho


Ainda que não goste muito do estilo, fico satisfeito com as vitórias do Mourinho, por uma lado abdica do seu lado egocêntrico e admite que não consegue produzir aquele futebol atractivo e espectacular. Por outro lado, goza com todos nós, se com 40% de posse de bola elimina Barcelona e Bayern, imaginem o que faria com 60%?... Segundo a minha opinião, há meia dúzia de clubes diferentes dos outros, que não estã tão dependentes das vitórias: BENFICA, Real Madrid, Barcelona, Bayern Munich, Juventus e Liverpool. São clubes que podem ficar maiores com as vitórias alcançadas mas não ficam mais pequenos se não ganharem, assim produzam bom futebol. O Real Madrid precisa urgentemente de um futebol tipo rolo compressor como aconteceu no SLB, não é uma questão de ganhar a qualquer preço mas sim de Mourinho ter o preço de ganhar sem qualquer questão. Resolve lá esse problema em Madrid, antes que descubram os mandamentos de Jesus…

12 maio, 2010

Coração de Águia

Dei comigo fora do corpo a olhar espantado
Para aquele céu tomado por uma águia
Que nas garras levava o meu coração roubado

E acenava aquela bandeira, de tal maneira
Que o meu peito enlouquecia
Pelas saudades de tamanha alegria

Oh águia da sabedoria
Vem cá abaixo devolver-me
Esse estandarte da magia

Mas ela ignorava e continuava imperial,
Voando um esvoaçar encarnado
No desenho do meu coração pintado

Os meus olhos jogavam às escondidas
Com as lágrimas do campeão
Quando a águia aterrou
E no meu peito gravou
Um voo sem fronteiras ou medidas
Pelas asas do meu coração


Bem depois, do desvario quiçá poético
Deu-me umas caimbras de tanto correr e saltar
Mais uns espasmos do foro digestivo
Talvez da cerveja, ou dos nervos até mais não
O certo é que aos esses lá fui para casa
Depois dum jogo cansativo
Meio com o grão na asa
Com um sorriso à campeão

03 maio, 2010

O que me apetece dizer

Não gosto de antecipações, nem de vitorias nem de derrotas. No meio disto está o pessimismo e o negativismo, há que saber que tudo isto não passa de um jogo e que, antes do apito inicial, são possíveis três resultados. Depois do apito, então sim, a melhor equipa tem de o demonstrar e, mesmo assim, nem sempre consegue ganhar. Perdemos ponto final. Agora temos de unir as tropas e vestir a farda.


O lado esquerdo sem Di Maria e Coentrão preocupa, o Javi pode ser bem substituído tanto pelo Airton como pelo Ruben, era importante que o David Luiz se mantivesse ao lado do Luisão.

Vamos afastar o medo e a euforia e isso é que é saber lidar com a pressão, nada de festas e nada de depressões, no fim-de-semana há novo jogo para demonstrar que queremos ser campeões e não que já somos campeões.

09 abril, 2010

Sem orgulho ferido

Degrau a degrau, ficamos aos pés do futuro campeão da Liga Europa. O Liverpool joga a dois toques, impressionante, faz os 3 golos em contra-ataque e sem posse de bola que o justificasse, é uma equipa que joga sempre para a Europa e só depois pensa no seu campeonato, sempre me lembro do Liverpool assim. Nós podíamos ter ido mais longe mas encontrar a equipa mais forte nesta fase fez-me ser muito objectivo, mas não nos façam de burros. Aos 80m o Benfica estava na luta pela eliminatória e podia ter feito perfeitamente o 2-3, este 4-1 é totalmente enganador. E digo-vos mais, o Benfica na Luz foi muito mais dominador do que o Liverpool em Anfiel Road. Querem uma explicação? Para mim é simples, chama-se Fernando Torres.

23 março, 2010

Glória no Céu

Olha bem aquela águia
Feita de nuvem pintada
Escuta bem o sopro do vento
E a linguagem sábia
Como imagem criada
No teu pensamento


De outras vidas, outros mundos
É glória feita de conquistas
É alegria nascida do inacabado
E de sonhos bem fundos
Como se fossemos guitarristas
A tocar tamanho fado


Voa por esse céu afora
Sem destino, sem fronteiras ou pátria,
Tornamo-nos guerreiros da lembrança
Uma nuvem feita no eterno agora
Corpo de mulher, alma de águia
Espírito irreverente de criança

01 março, 2010

Futebol Esquizofrénico…

Se há coisas para que não tenho paciência é para falsidades, fiquei triste ontem por uma equipa ter ganho 3 a 0 e fiquei contente por outra ter perdido pelo mesmo resultado, sei lá o que é isto, esta inconstância emocional e este desequilíbrio psicológico? O mais grave ainda é que estas duas realidades se passaram num jogo em que o meu clube não participou. Não sei o que hei-de de fazer, o mais certo é ir a uma consulta de aconselhamento lá para os lados de gaia. Quem imaginaria há uns tempos que o Braga ia ser a segunda equipa com mais adeptos em Portugal e quem diria que dentro dos verdadeiros adeptos do braga está uma grande fatia de adeptos benfiquistas?... É que vai aqui uma marosca?... E quem diria que no jogo de ontem os sportinguistas queriam menos ganhar do que os benfiquistas, que até nem jogaram?... E que o porto agora está numa embrulhada, ou vai à liga dos campeões e lixa o braga ou arrisca-se só a ir à uefa?... Estranho, nada está decidido mas lá que vêm aí episódios engraçados, lá isso. Enquanto isso, todos à Luz…

19 fevereiro, 2010

O Guerreiro da Luz

O Guerreiro da Luz sabe que a jornada é uma longa escada feita de degraus escorregadios. O trajecto é feito para subir até chegar ao topo mas o Guerreiro da Luz tem a sabedoria de interiorizar que o caminho se faz caminhando e que, por vezes, tem de se descer um degrau para, mais tarde, conseguir subir dois. A escada está a ser percorrida com garra, com fé, com determinação mas o cansaço teima em não nos deixar ver por entre o nevoeiro, um Sol que está a inundar as nossas almas. Não é o cansaço físico do Guerreiro da Luz mas sim o cansaço mental dos muitos que o apoiam e que não pode transformar-se em negatividade, isso sim iria fazer pesar as pernas. A esses, o Guerreiro da Luz pede que se unam e que dêem as mãos de forma a criar um corrimão para que a escada seja o menos escorregadia possível e para que o trajecto seja cumprido.

11 fevereiro, 2010

Uma entrevista diferente

Há uns tempos atrás, uma querida amiga, estudante de Psicologia convidou-me para fazer de entrevistado num trabalho que tinha de apresentar para uma cadeira. Ela tinha alguma dificuldade de compreender a relação entre o lado racional e emocional na minha paixão pelo glorioso, ainda para mais também ela sofrendo pelo mesmo clube. Com pequenas alterações aqui fica o relatado. De certeza que ficou a compreender o mesmo, mas o Águia do Mundo desabafou... O título dado foi Paixão Clubística VS Amor ao Benfica. Tenham lá paciência comigo, a minha amiga bem a merece…

Como te vou chamar?
Afonsus, é assim que me identifico no universo dos blogs.

És rapaz para que idade?
Tenho 33 anos, a idade de Jesus…

O que fazes profissionalmente?
Sou administrativo numa empresa com actividade comercial e um dos responsáveis pela sua revista.

Qual é a tua formação?
Estranhamente, porque pouco tem a ver com o que faço, sou licenciado no Curso de Comunicação Social, pela Escola Superior de Educação de Coimbra, onde terminei, salvo erro, em 2004.

Para além do trabalho e do desporto que interesses tens e quais as tuas paixões?
Não vou muito ao cinema mas adoro ver filmes, séries e documentários. Gostava de ser um leitor compulsivo mas tenho fases em que não consigo ler e existem momentos em que posso começar dois ou três livros ao mesmo tempo. Mas tenho os meus ídolos, no cinema, destaco o Anthony Hopkins e o Morgan Freeman como actores, estão para lá do genial. Na escrita penso que a obra está acima do autor, como tal e do que li, destaco o Ultimo Voo do Flamingo, do Mia Couto, o Jaime Bunda, do Pepetela, o Bosque dos Pigmeus, da Isabel Allende, Veronika Decide Morrer, do Paulo Coelho, a Crónica dos Bons Malandros, do Mário Zambujal, o Código Da Vinci, do Dan Brown, Timbuktu, do Paul Auster. As crónicas do Antonio Lobo Antunes e do Ricardo Araujo Pereira são divinais e não diso isto por serem dois grandes benfiquistas...Depois gosto de ler algumas coisas espirituais que me façam sair deste mundo tão terreno e tão lógico e que me desenvolvam a criatividade, a imaginação e o sonho. Mas há sempre um mundo a descobrir pela mão de grandes poetas e escritores, por exemplo, tenho vergonha em confessar que ainda não li Cem anos de Solidão, do Gabriel Garcia Marquez e a Insustentável Leveza do Ser, do Milan Kundera. Claro que a Música é obrigatória e confesso que tenho feito um esforço por tentar descobrir a música clássica, gosto de bandas sonoras. As minhas preferências são muito diversificadas, vão para o Rui Veloso, Jorge Palma e Xutos & Pontapés, Caetano Veloso, Maria Bethania, Djavan, Vinicius de Moraes, Martinho da Vila, Creed, U2, Queen, Leonard Cohen, entre tantos outros artistas e estilos. Gosto de todas as formas de arte, mas no que respeita à pintura e às artes plásticas passam-me um pouco ao lado, quase de certeza porque não tive a formação para as apreciar porque os gostos também se educam.

Paixão clubística ou Amor ao Futebol?
O Benfica para mim é uma mulher, é pura e simplesmente uma paixão platónica e ao mesmo tempo física. Os benfiquistas como eu amam os pormenores do clube, é uma personalidade que diz maravilhas do clube e nos envaidece, é uma marca que cresce mesmo sem ganhar e ficamos com um brilho nos olhos, é um turbilhão de emoções em tavernas, cafés, restaurantes, centros comerciais, sei lá o que mais... O Benfica é um excelente desbloqueador de conversas, em vez de dizermos “e então, está de chuva?!” podemos afirmar “então, e o nosso Benfica!?” Como disse, é uma mulher porque estou apaixonado intensamente por ele, não lhe vejo defeitos, necessito diariamente de fazer parte do clube, ou lendo jornais, participando em blogs ou em pequenas conversas entre benfiquistas. Dizem os entendidos que entre Paixão e Amor existe uma diferença, a do tempo. A Paixão vem de uma forma avassaladora e descontrolada e o Amor vai-se construindo degrau a degrau, a Paixão tem uma intensidade única durante um curto espaço de tempo e o Amor vai caminhando e conquistando esse tempo, tornando-se maior. Sinto a Paixão pelo Benfica mas é uma coisa intemporal, já era benfiquista antes de nascer e continuarei a ser depois de morrer. O Benfica para mim não é só futebol mas a sua essência e mística foi construída pelo futebol. Ver um jogo do Benfica, no futebol ou em qualquer modalidade, não tem comparação, a emoção e o estado nervoso são totalmente diferentes e até estou desconfiado que os nossos adversários também pensam da mesma forma, não perdem pitada…

Paixão Clubística é igual a Amor ao Benfica?
Se o Amor ao Benfica for a tal Paixão ilimitada que falei, então é igual. Não é normal, em qualquer parte do mundo, existir um clube que em trinta anos ganhou quatro ou cinco campeonatos e, mesmo assim, manter a pujança e a universalidade deste clube. Qualquer outro dos nossos adversários, a ganhar tão pouco, hipotecaria o seu futuro, não tenho dúvidas disso. A palavra forte no Benfica é Conquista. Nós conquistámos campeonatos, conquistámos um lugar, conquistámos um espírito, construímos uma mística. Não sei se haverá algum clube no mundo que tenha mais adeptos fora do país do que dentro?... O Benfica construiu um amor apaixonado, conquistou vitórias para um país que se sentia derrotado, politica, económica e socialmente. O Benfica foi a alma de um povo inteiro, eram as bandeiras do Benfica que estavam nas varandas da Revolução de 1974, era com os relatos do Benfica que a guerra parava nas antigas colónias, como já o afirmou o António Lobo Antunes. Ter essa consciência é estar profundamente apaixonado e grato a este clube, amando-o incondicionalmente, nas derrotas, nas vitórias ou quando não joga, sempre com o espírito de que o futuro de grandes glorias também vai ser conquistado.

E a selecção nacional?
É o clube do meu país, embora os valores patrióticos estejam cada vez mais afastados. Mas depois há o outro lado, vi num seleccionador brasileiro um grupo muito mais unido e coeso, até patriota, do que no actual, que até é português. Amo a selecção nacional, mas consigo sofrer bem menos do que no caso do Benfica.

Como nasce a Paixão pelo Benfica?
É difícil responder a isso, pode ser o resultado de uma situação genética mas também não tenho muita certeza. Os meus pais são benfiquistas, lembro-me da minha mãe sofrer às escondidas nos jogos do glorioso, mas sinto que o meu benfiquismo é uma coisa espiritual. Crentes ou não, todos temos esse lado e algo me diz que o meu benfiquismo foi-me marcado antes da nascença, enfim, é um sentimento nada racional e pode até ter uma certa dose de loucura.

Sei que tens um Blog e também uma paixão pela escrita. Pode ser um pontapé de saída para alguma delas?
Pois, sou mesmo um homem dado às letras e palavras. Confesso que sou preguiçoso a escrever mas, ainda assim, quando começo é difícil saber parar. Se eu conseguisse aliar a inspiração à transpiração então poderia escrever umas coisas. A nível profissional colaboro e sou um dos responsáveis por uma revista onde fazemos várias entrevistas e temos um papel mais comercial, o que dá para ir matando o bichinho… Apesar de ser formado em comunicação cocial imagino-me mais a ser escritor do que jornalista, embora vivamos numa época em que ambos se confundem, o que, a meu ver, não é benéfico para o universo do jornalismo e da comunicação social. Bill Shankly, treinador lendário do Liverpool, disse uma vez que o futebol não é uma questão de vida ou morte, é muito mais do que isso, tal como está escrito no excelente blog benfiquista “Vedeta da Bola” e, num universo com esta dimensão e facciosismo, é relativamente fácil escrever, ainda para mais sobre o Benfica onde as emoções ambíguas prevalecem, ou se gosta ou se odeia, não passamos indiferentes a ninguém e isso torna-nos numa marca incomparável. Não há dois benfiquistas que pensem da mesma forma sobre um mesmo episódio. No Águia do Mundo eu tento fazer um pouco de escritor, de poeta, de humorista, de adepto, de apenas um benfiquista anónimo como são a maioria dos benfiquistas. O blog é somente o desabafo de uma alma benfiquista. É impressionante o universo de blogs que existem sobre o Benfica, o meu é mais um, que pode ser diferente porque não relata factos mas reinventa estórias de uma forma muito encarnada. Alguém muito sábio disse que quando crescer quero ser criança, é um pouco assim que me sinto a escrever no blog.

Claque organizada, sim ou não?
O problema é que existem claques organizadas ilegais e sem quaisquer controlos por parte dos clubes e das autoridades. Desde que cumpram a legislação e que os elementos da claque tenham a “folha limpa” não tenho duvidas que contribuem para um espectáculo mais belo e apaixonante. As claques deveriam até garantir uma maior segurança e conforto às pessoas que estão no estádio e não o contrário. Sim às claques organizadas, legalizadas e identificadas com um espírito mais desportista do que clubista.

Que paixão é esta que move massas? Todos os grupos sociais, todas as classes económicas...
O futebol não é só um escape para as vidas monótonas e enfadonhas que, cada vez mais, proliferam. É muito mais do que isso, porque naquele rectângulo de jogo constrói-se uma história, uma lenda onde nos sentimos importantes, não são só onze jogadores que jogam, são onze jogadores vestidos da nossa pele, cor duma paixão em comum, o nosso clube. É um sonho tornado realidade onde a adrenalina sobe à altura de uma alma nua e pura, para o bem e para o mal. Infelizmente o futebol é cada vez menos um jogo e vai a passos largos para o lugar dos interesses dos negócios, onde se compram campeonatos e onde as conquistas são fruto do passado. Não é por o meu clube andar numa fase menos boa nos últimos anos que digo isto, é uma constatação que, em Portugal, os campeões são sempre os mais beneficiados, dá impressão que está tudo decidido antes dos campeonatos. Depois vemos estádios vazios e cada vez mais pessoas a optarem por ir ao cinema ou ao centro comercial. O futebol é um jogo e qualquer factor que possa ferir a imprevisibilidade de um resultado é um mau contributo para o futebol. Quanto mais espontâneo, subjectivo, imprevisível for um jogo de futebol maior será o sucesso do jogo em termos económicos e sociais, mais pessoas comprarão bilhetes e mais jornais serão vendidos. Subjugar o futebol ao controlo económico é aniquilá-lo e, sinceramente, é o que vejo actualmente.

E enquanto director desportivo especialmente dedicado às classes jovens, quais são os teus objectivos?
Bem, isso de director desportivo não é para clubes amadores... Eu sou director de uma colectividade que também é um clube de futsal, para além de outras modalidades. Temos crianças de todos os escalões e isso dá-nos uma noção do que representa o desporto em qualquer idade. E representa muito no desenvolvimento da criança no contacto com os outros e na sua atitude perante as dificuldades. Há sempre um lado de melhor amigo que os nossos treinadores têm e que possibilita que eles percebam que primeiro são crianças e só depois atletas. Os nossos objectivos, enquanto clube formador, são mesmo o de criar um espírito familiar e de contribuirmos para um crescimento saudável e equilibrado. Essas serão as nossas grandes vitórias, embora todos gostem de ganhar os jogos, às vezes até de mais, incluindo eu. Já tive a experiência de treinar os pré-escolas, com idades entre os 6 e os 8 anos, e é impressionante a vontade que já apresentam para ganhar e qualquer formador tem a responsabilidade de relativizar essa componente.

Que tal escrever um livro sobre estes temas ou gostarias de abordar outras temáticas?
Eu quase sempre escrevo do nada e vou construindo histórias mediante muito pouco e dou comigo a inventar personagens e aventuras nunca antes pensadas, talvez até estejam lá naquela parte do cérebro que nós não usamos. Confesso que gostaria de ser um escritor e até de viver da escrita, e para isso não iria certamente escrever só sobre futebol ou o Benfica, mas como o Benfica está muito para além do futebol iria ter sempre umas linhas e páginas obrigatórias num livro guardadas para ele. Tal como nas experiências passadas com as idades de formação e que nos ensinam a preencher as paginas das nossas vidas, assim as saibamos ler.

03 fevereiro, 2010

Confissão

Vou escrever bem devagarzinho
Para que possas ler baixinho
Palavras ditas por alguém
Vindas de um segredo
Revelado a mais ninguém
Sem qualquer medo


Pois que a minha pátria
É o símbolo da águia
Desenhado numa bandeira
Por um pintor em delírio
 Numa pintura sem fronteira
Pintada em tons de paixão e vício


Até me perdi na corrente
De saber para onde a águia voa
Viagem na primeira pessoa
Num retorno de quem sente
O céu como limite
Num Inferno de Luz que o permite


Pois que é mesmo assim
O benfiquista...
Sem saudade mas com lembrança
Como quem conquista...
Uma infância, enfim,
Na memória de criança.

08 janeiro, 2010

Nota Benficada

Primeiro do que tudo, perdoem-me a ausência, se é que alguém existe para perdoar. Prometo que venho aqui mais vezes falar da alma de um povo invulgar, de um povo que vê num símbolo as bravuras de uma bandeira.


Vamos lá benficar, todos nós benficamos mesmo os nossos adversários, ou será que essencialmente os nossos adversários? Coitados, a benficar daquela maneira, não tarda comprarão um kit de sócio benficado. Benficando a sério e deixando-nos de ironias desbenficadas, o nosso glorioso não pode deixar de ter testes decisivos, desbenficados estrategicamente em túneis e lixeiras do poder. O problema do sistema está prestes a vir ao de cima, é que já ninguém se surpreende com as diabruras do mesmo, toda a gente sabe que é desbenficar até mais não e a verdade é que mesmo os benfiquistas riem-se que nem murcões perante a parvónia que teima no desbenficamento constante. Será que não percebem que quanto mais comprarem o desbenfiquismo mais perto estaremos nós da glória benficante? Quando 25 anos após a sua viagem, o antibenficante mais conhecido do universo evoca o segundo antibenficante mais idolatrado nas hostes corruptas, isso quer dizer que o antibenfiquismo está desesperado e que os coelhos da cartola estão esgotados. Agora é só esperar que se matem uns aos outros, enquanto isso, benfiquemos o ano novo!